A Microsoft está gastando meio bilhão de dólares para garantir que você pense em “futuro dos videogames” toda vez que ouvir a palavra Kinect.
Mas a empresa acredita que o verdadeiro potencial de sua tecnologia de captação de movimentos e reconhecimento de voz está na maneira como eles planejam utilizá-la em celulares, computadores e talvez até na indústria militar e de saúde.
“Imagine um mundo em que máquinas entendem o que as pessoas querem delas,” diz o diretor criativo do Kinect Kudo Tsunoda. “Você pode extrapolar isso para uma gama de outros dispositivos”
No lançamento do Kinect na semana passada, a Microsoft prometeu transformar você no controle. Isso significa permitir que os usuários joguem futebol, disputem uma corrida em pranchas voadoras ou desçam uma correnteza em botes simplesmente movendo o corpo em frente da televisão. O Kinect também possibilita que você faça vídeo-conferências com seus amigos, percorra os menus do Xbox 360 através de gestos ou avance a cena de um filme apenas balançando suas mãos no ar.
Mas apesar das situações ocasionalmente mágicas que proporciona, o Kinect é apenas uma combinação de câmeras simples, sensores e microfones repousando acima ou abaixo de sua televisão. E se assemelha de forma surpreendente à cabeça do adorável robozinho que protagoniza e empresta o nome ao filme Wall-E, da Pixar.
Todavia, a aposta principal da Microsoft não é no aparelho de plástico em si, mas sim no software e nos algaritmos que o Kinect usa para fazer seu trabalho. Um trabalho que inclui não apenas observar os movimentos do jogador e traduzi-los em ações dentro do jogo, mas também receber e entender ordens faladas, reconhecer quem está jogando e, principalmente, descobrir o que cada pessoa quer experimentar ao jogar videogames.
“Na perspectiva mais ampla da Microsoft,” explica Alex Kippman, diretor de tecnologia do Kinect, “nós acreditamos em uma forma mais natural de as pessoas interagirem com a tecnologia. Ninguém gosta de ter de segurar dispositivos nas mãos, e isso inclui mouses e teclados. O Kinect é o primeiro passo nessa jornada.”
Fonte: Kotaku